Curiosa, cidadã ativa e amante de arte e das questões da desconstrução do pensamento, desenvolve nestes espaços um conceito único de gestão artística, gizando para cada ambiente, uma filosofia que tenta corporizar na linguagem artística, nas coleções e nos artistas parceiros.

Nasce em Almancil, no Algarve, a 24 de dezembro do ano que fica marcado pela primeira grande exposição mundial do Pós-Segunda Guerra Mundial: a Exposition Universelle et Internationale de Bruxelles – Expo 58.

Em 1989, em plena Queda do Muro de Berlim, regressa ao país, à procura das suas raízes. Uma escolha de vida que assume como muito importante – “Tive uma educação visual (e emocional) incrível” -, mas que não havia sido sua.

Aos 37 anos, troca Lisboa pelo Porto, onde trabalha na área do Design de Moda; aos 39 anos é mãe e aos 40 regressa a Almancil.

Perseguindo aquele que é, para si, o maior valor da vida, “Amar-se a si próprio”, enceta um percurso artístico marcado pela liberdade, identidade, reflexão. É no abstrato que acaba por encontrar o seu espaço maior. “É a forma mais honesta de interpretar tudo o que sinto, vivo”, refere. “Posso ter qualquer ponto, qualquer pessoa, como foco de inspiração. Por isso, o movimento e a cor. Permite-me ir mais além, e com liberdade”, diz.

Hoje integra coleções privadas espalhadas pela Europa (Alemanha, Irlanda, Bélgica, Inglaterra, Irlanda, Sérvia) e também pelos Estados Unidos da América.

Em 2000, é convidada para uma exposição na Associação Social e Cultural de Almancil. É nesta altura que convida um artista para partilhar consigo o espaço. Nasce aqui o conceito de partilha, que aplica na primeira galeria que abre, no mesmo ano, em Almancil, e que decide levar para Vale de Lobo (2019), onde é convidada a abrir a sua terceira galeria; para Vale D`El Rei (Lagoa) e para a Quinta do Lago – Casa Velha.

E em 2023, volvidos 23 anos da abertura da sua primeira galeria, a artista inaugura a Aderita Artistic Space Gallery no histórico Pestana Pousada Palácio de Estoi, em Faro.

Movida pelo “ousar”, Adérita Silva procura “soltar” e fazer “voar” neste seu papel de mediação e de projeção. Estes são os chavões do conceito da Galeria Aderita Artistic Space.

Paralelamente, a artista assume e desenvolve um papel fundamental na coordenação do movimento de StreetArt, no Algarve; e é responsável por projetos pedagógicos, mentorias e workshops ligados à arte, destinados a jovens públicos e a escolas; participa em colóquios e residências artísticas e faz curadoria de várias exposições, também no Festival MED (Loulé).